creditos:fotografia/video: Júlia Lage, Juliana Polipo. Edição:Lucas Morais, 2017. (Porto-PT).
Instalação/LINHA BALEEIRA. FBAUP. (2016)
“O arpão foi arremessado; a baleia atingida avançou; com uma rapidez inflamada, a linha correu pela ranhura – emaranhou-se”.
Linha Baleeira é uma instalação sonora ou talvez um barco a navegar no mar, entralhando e arremessando linhas em seu fundo invisível, em busca de um símbolo sonoro, um significante que preencha o espaço de seu deserto, de seu silencio, de sua superfície.
Apropriando-me do termo referente a obra do autor Melville (Mobi Dick) para descrever a morte do pescador Ahab, que é enforcado por sua própria linha de pesca ao tentar capturar a baleia. Faço também referência explicita ao filosofo Gilles Deleuze, que faz pensar essa linha que vem de fora para encontrá-la junto da vida. O autor nos diz sobre a necessidade pensa-la como a linha do limite e como também de ultrapassagem, é ela a linha de força, linha dobrável e por isso audível, mas é como diz o filosofo; é “a linha do chicote do charreteiro em fúria ou a linha de um pintor, como as de Kandinsky, ou aquela que mata Van Gogh”. mas é preciso [...] fazer dela tanto quanto possível, e pelo tempo que fora possível, uma arte de viver [...].
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